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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tempo da Quaresma

Sentido Espiritual

A consideração teológica e histórica deste período deve conduzir o cristão a olhar dentro de si e avaliar o modo de viver o compromisso cristão. Quaresma é tempo de conversão, tempo de retomar, ou se preciso for, um tempo para refazer o itinerário cristão no Evangelho.

O conteúdo da quaresma é determinado pela sua finalidade: a celebração da Páscoa. De fato, este tempo já faz parte do "paschale sacramentum" e só será corretamente entendido à luz da Vigília pascal.

As leituras bíblicas quaresmais
Nos cinco domingos que precedem a Semana Santa, no ciclo trienal, são proclamados quarenta e cinco textos bíblicos.
As leituras do Antigo Testamento: são textos que apresentam a história da salvação; que proclamam a lei e, portanto, os deveres morais impostos pela aliança; os apelos dos profetas à conversão e ao arrependimento.

As Epístolas: prolongam a mensagem contida nas leituras do Antigo Testamento.

Os Evangelhos dos dois primeiros domingos, nos três anos, estão sempre centrados em Cristo tentado e transfigurado; os outros três domingos preparam mais diretamente para o batismo ou à renovação das promessas na noite de Páscoa.

Podemos entrever no Lecionário dominical três itinerários: 1) uma Quaresma batismal ( ano A ); 2) uma Quaresma cristocêntrica ( ano B ); 3) uma Quaresma penitencial ( ano C )

Na Liturgia das Horas, no Ofício das Leituras, são lidos os livros do Êxodo, dos Números e a Carta aos Hebreus. Esses textos bíblicos acentuam o caráter pascal da Quaresma em referência a Cristo, verdadeiro cordeiro pascal, único e sumo sacerdote da nova e eterna aliança.

A espiritualidade da quaresma, aparece em seu caráter cristocêntrico-pascal-batismal. Este tempo litúrgico é caminho de fé-conversão para Cristo, que se faz servo obediente ao Pai até a morte de cruz.

1. A Quaresma é o "tempo favorável" para a redescoberta e aprofundamento do autêntico "discípulo de Cristo". O aspecto mais profundo desta espiritualidade consiste na participação sacramental do mistério pascal de Cristo em seus momentos de paixão, para chegar à ressurreição

2. Uma atenta e prolongada escuta da palavra de Deus, pois é esta palavra que ilumina o conhecimento dos próprios pecados, chama à conversão e infunde confiança na misericórdia de Deus.

Três práticas da vida cristã que acompanham o tempo da Quaresma:
1 - O jejum:
a palavra pode parecer em desuso. Porém, é de grande atualidade. Entre os valores da prática do jejum, está o domínio de si mesmo e o exercício da liberdade. Não se reduz à mera privação de alimentos, mas tem um sentido mais amplo, que é o de contenção interior de tantas comodidades que a vida moderna oferece. Deve expressar a íntima relação que existe entre o sinal externo penitencial e a conversão interior. É para se criar uma total disponibilidade interior ao Deus vivo, que não nos pede tanto a oferta das coisas, mas a oferta das nossas pessoas em Cristo.

2 - A oração:

a quaresma é tempo de uma mais assídua e intensa oração, entendida em sua autenticidade evangélica mais profunda, isto é, a participação na oração de Cristo. Pela oração mais intensa, voltamos nosso coração para Deus, pedindo o perdão e a correção de nossas faltas e agradecendo a ação de sua misericórdia. A oração neste tempo feita também em comunidade, significa que a Igreja é essencialmente comunidade orante e, por isso mesmo, penitente.

3 - A caridade (esmola):

a quaresma é tempo de um mais forte empenho de caridade para com os irmãos. A esmola significa o exercício da caridade fraterna e deve ser capaz de assumir as formas de solidariedade que venham ao encontro das carências do próximo. Não há verdadeira conversão a Deus sem conversão ao amor fraterno ( 1Jo 4,20-21).
Tais práticas ajudam a preparar, durante 40 dias, a celebração da Páscoa, a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.



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